Foto: João Alves (Divulgação Prefeitura)
Com o aditivo de R$ 4,4 milhões a previsão é concluir a obra de esgoto em outubro
Uma obra importante que já deveria estar pronta para dar mais qualidade de vida aos moradores do Bairro Camobi, o maior da cidade, deve atrasar por mais alguns meses. A implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário prevê a colocação de 77 quilômetros de encanamento e 30 quilômetros de ramais domiciliares em mais de 8 mil imóveis, beneficiando mais de 26 mil moradores do local além da população de cerca de 30 mil pessoas que circulam pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) diariamente.
Para poder concluir o serviço, um termo aditivo ao contrato foi assinado na manhã deste sábado pelo Secretário de Obras, Saneamento e Habitação do Estado, Fabiano Pereira, pelo prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom e também pelo superintendente regional da Corsan, Roberto Ceolin Epstein no valor de R$ 4,4 milhões. O documento foi entregue ao representante da empresa Sul Cava Construções, responsável pela obra. O termo garante que a continuação das ações da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) previstas para o bairro.
Durante a solenidade que ocorreu na Avenida Roraima entre as faixas Velha e Nova de Camobi o superintendente da Corsan, José Roberto Ceolin Epstein, reconhece que a obra do é um trabalho do contrato antigo com a prefeitura que ficou para traz, mas que após a assinatura do aditivo e do novo contrato com o Executivo por mais 35 anos, todos os compromissos serão cumpridos em um curto espaço de tempo.
- As obras de esgotamento sanitário é um compromisso bastante antigo, de mais de 20 anos, hoje estamos assinando o aditivo para serem aplicados mais recursos que se somados, este ano chegam a cerca de R$ 30 milhões. O que está sendo projetado para Santa Maria e o que está sendo executado é um compromisso firmado pela Corsan, pelo Estado com o município, vamos fazer as obras que no passado deixaram de serem feitas para que a gente possa no menor prazo possível cumprir _ salientou Epstein.
O superintendente reforça que embora a rede esteja passando na frente do imóvel dos moradores, ela ainda não está operativa, a comunidade tem que aguardar que a Corsan faça a notificação da operação da rede para que ela possa se interligar ao sistema e a partir disso, então fazer o uso da rede coletora. "Não existe fazer obra sem ter interferência, é uma realidade, a gente tem trabalhado para o transtorno ser o menor possível, a gente tem o compromisso de entregar a pavimentação parecida com a que encontramos"
Ainda conforme o superintentende, a obra está orçada em cerca de R$ 25 milhões, mais o aditivo vai chegar a aproximadamente R$ 30 milhões e desenbolsados este ano. O seviço começou em 2013, mas por problemas contratuais a empresa parou o trabalho por cerca de um ano e só foi retomado em 2015. Desde então, dos 77 quilômetros previstos no contrato, foram assentados 55, ou seja, á 70% da obra está concluída.
O FUTURO DA OBRA
O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, destacou que a renovação do contrato com a Estatal prevê cláusulas rigorosas, com o objetivo principal de garantir a prestação de um serviço de qualidade à população. Ficou acertado que o contrato será renovado por 35 anos, com dois períodos de transição para que a Corsan cumpra com as obrigações inadimplidas do contrato anterior, entre elas, a finalização das obras do Bairro Camobi.
_ A corsan está pagando o que está nos devendo, toda essa estrutura de Camobi faz parte do contrato passado, e agora, com a nova relação que a gente criou com a Corsan com o contrato que nós vamos renovar. Eu to muito feliz com a nova relação, além disso, teremos clausulas contratuais rígidas, multas pesadas, mas a prefeitura não quer cobrar multa, nós requemos que seja um serviço bem prestado e por isso nos vamos montar uma estrutura bem especifica pra trabalhar junto com a Corsan _ ressaltou o prefeito.
Santa Maria tem o maior índice de cobertura de saneamento da cidade com quase 60 % , nos próximos anos, quase 80% do município será contemplado com o esgoto sanitário. Para o Secretário Estadual de Obras, Saneamento e Habitação, isso será um marco para o Estado, para a cidade e também para a Corsan como um todo.
_ Estamos trabalhando juntos para que a gente ter o melhor resultado para a nossa cidade. A gente fica muito feliz em assinar este aditivo porque ele é a garantia que a obra não vai parar. A gente sabe muito bem que fazer esgoto traz incomodo, porque abre a rua, causa buraco, interrompe garagem, tem um série de dificuldade, mas certamente resultado não tem preço, é saúde, meio ambiente, qualidade de vida _ comentou o Secretário Estadual.
O líder comunitário do Bairro Camobi, Zaluar Soares, 51 anos acompanhou a assinatura do contrato. Para ele é preciso ter paciência porque essa é uma luta da própria comunidade que vem solicitando aos agentes públicos há bastante tempo.
_ A gente sabe da necessidade e do sacrifício que é morar dentro das vilas, não tem preço, eu vejo como uma era antes e outra depois, a gente vai estar morando em um local de qualidade, vai acabar aquele esgoto a céu aberto, na qual as nossas crianças sofrem hoje ou convivem com aquele desleixo em função da própria situação - pontuou.